A Data Magna do Ceará é o motivo de o dia 25 de março ser feriado no Estado. Saiba como a Carta Magna do Ceará foi assinada e entenda a origem do feriado
Na segunda-feira, dia 25 de março, é lembrada a Data Magna do Ceará, feriado que pega muita gente de surpresa. Instituído em 6 de dezembro de 2011 por lei publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), o feriado celebra a abolição dos escravos no Ceará. A província foi a primeira do Brasil a libertar os escravos, no dia 25 de março de 1884, embora o País tenha sido o último do Ocidente.
No Ceará, a abolição aconteceu quatro anos antes do restante do País. A famosa Lei Áurea foi sancionada em 13 de maio de 1888 e acabou invisibilizando uma série de personagens e setores da sociedade que lutaram por anos antes da conquista.
Cinco dias antes de ser publicada no DOE, a Emenda Constitucional Nº 73 foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, com texto de autoria do então deputado Lula Morais (PCdoB). A Emenda alterou o artigo 18 da Constituição Estadual.
Redenção
Pouco mais
de um ano antes do Ceará abolir a escravatura, mais especificamente em 1º
de janeiro de 1883, a Vila do Acarape teve o dia marcado pela entrega de
116 cartas de alforria. José do Patrocínio e outros abolicionistas estavam
presentes no ato que ocorreu em frente à igreja Matriz. Acarape é hoje o município
de Redenção.
Os escravos
libertos passaram a procurar formas de se reintegrar à sociedade. Muitos
fugiram para o quilombo na Serra do Evaristo, em Baturité. Com medo de serem
perseguidos, lá eles acreditavam estar seguros da fragilidade da alforria.
Outros partiam para Fortaleza, de carta na mão, e viajavam em busca das suas
famílias.
Havia também
a parcela de libertos que não tinha família e que não queriam se refugiar nos
quilombos. Dos que já estavam acostumados com a rotina escravista, entraram em
acordo com os senhores e passaram a prestar serviço remunerado.
Redenção tem
seus símbolos da libertação, como os museus que guardam o pouco dos documentos
ainda preservados e a memória escravista em prédios históricos, casa grande e
senzala - hoje destino de turistas.
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